Mobilizar a categoria em defesa de seus direitos e assegurar que a estrutura de funcionamento do SINPRO-SP seja mantida exigirá que sua defesa seja assumida por todos
Os sindicatos vivem hoje uma difícil situação financeira em decorrência do fim da contribuição sindical. Isso significa que sua sobrevivência como instância de representação política e reivindicatória e sua estrutura de assistência aos integrantes da categoria que eles representam está ameaçada.
Os integrantes da Chapa 1 não têm dúvidas de que a decisão – inserida no bojo da reforma trabalhista – teve o objetivo de enfraquecer as lutas coletivas dos trabalhadores com a fragilização de suas entidades. Trata-se, portanto, de um desafio dos mais sérios já que a debilidade financeira de um sindicato terá efeitos sobre sua força política, disso se aproveitando os empresários para impor reduções de direitos. Na campanha deste ano de 2018, os professores das escolas particulares do Estado de São Paulo e de outros estados brasileiros (em Minas Gerais, por exemplo) sentiram de perto como funciona a cultura de negociação dos empresários e se não fossem o SINPRO-SP e outras entidades da base da FEPESP, certamente nossa Convenção Coletiva teria deixado de existir; junto com ela certamente desapareceria nosso interlocutor mais importante – o sindicato.
Diante disso, entendemos que é às professoras e aos professores que corresponde a responsabilidade política pela defesa de sua entidade substituindo a contribuição compulsória pela manifestação individual em favor do desconto de uma nova taxa já aprovada em assembleia realizada na campanha salarial deste ano.
O SINPRO-SP sempre defendeu sua autonomia financeira em relação aos recursos provenientes da Contribuição Sindical obrigatória e organizou sua inserção junto à categoria com esse objetivo: mais da metade do universo de professoras e professores das escolas particulares de São Paulo são hoje sindicalizados (cerca de 21 mil sindicalizados) e contribuem com a taxa associativa mensal equivalente a 1% de seus salários durante 9 meses.
A disposição política da Chapa 1 é a de intensificar o processo de sindicalização e, ao mesmo tempo, ampliar para 12 o número de mensalidades. Entendemos que será esse o custo que professores e professoras terão que assumir em defesa do patrimônio político e material que nossa própria categoria construiu ao longo dos últimos anos e será dela a responsabilidade por isso. A julgar pelo nível da mobilização que conseguimos na campanha de 2018, pela maturidade e compromisso que milhares de companheiras e companheiros expressaram frente ao arbítrio patronal – que certamente voltará a se manifestar na nossa próxima data base (fevereiro de 2019) – os integrantes da Chapa 1 acreditam que sua proposta será respaldada.